Trabalho em Grupo 2º Semestre
“Sempre Falamos da Mesma Coisa?” Não se trata dos sintomas de uma síndrome grave e desconhecida; tampouco de uma relação das doenças mais frequentes em uma população em uma época determinada. São apenas algumas das consequências físicas que podem resultar da leitura em excesso, segundo um panfleto publicado em 1795 por J.G. Heinzmann (Darnton, 1993, p. 194) Parecia claro naquele tempo que era desaconselhável ler de pé, ou depois de comer; além disso, recomendava-se lavar o rosto com água fria e passear ao ar livre, fazer meditação e concentração. Os parágrafos anteriores põem em relevo que a leitura e a compreensão da leitura nem sempre foram concebidas como hoje pela comunidade científica. Neste capítulo, voltado a destacar a conceituação da leitura, a pesquisa que se realiza sobre o ensino e as consequências mais evidentes na prática pode trazer elementos que ajudem a entender todos os conceitos que utilizamos hoje e pode ser útil para compreender o enraizamento de posições que consideramos ultrapassadas, mas que desfrutam de boa saúde.
OLHANDO PARA TRÁS: QUEM, O QUE E COMO SE LIA
Em um documento-ensaio sobre a história da leitura, Darnton, faz a seguinte afirmação:
“As diferenças parecem não ter fim, já que a leitura não é uma simples habilidade, mas sim uma maneira de elaborar significado, que terá de variar entre culturas. Seria uma extravagancia esperar encontrar uma fórmula capaz de confirmar todas essas variantes. Mas deveria ser possível desenvolver uma maneira de estudar as mudanças na leitura dentro de nossa própria cultura (Darnton, 1993, p. 193).”
Apesar da proposta que o autor faz para entender as mudanças a que se refere, os objetos deste capítulo nos fazem fixar em algumas das conclusões que tira, que mostram como evoluíram o conceito da leitura, seus protagonistas e as maneiras de chegar a ela.
A leitura foi um exercício espiritual. Ao longo da história do Ocidente, nos séculos XVI e XVII, ler para