TRabalho Eco 261 final

Questão 1 –
R: A teoria do valor de troca em Smith sofria de algumas ambiguidades: ao analisar as sociedades pré-capitalistas ele afirma que, por causa de que capital ainda não era um componente central da produção, o valor de troca entre duas mercadorias era determinado pela quantidade de trabalho contida em cada uma delas ou também pela quantidade de produtos que uma mercadoria permitia a seu possuidor comprar (trabalho comandado). Esta é a teoria do valor-trabalho. Quando Smith se deparou com a análise de sociedades mais desenvolvidas, percebeu que não havia uma equivalência entre salários (que pagavam a quantidade de horas de trabalho) e os preços das mercadorias (trabalho comandado). Para resolver tal problema, ele abandonou a teoria do valor-trabalho e adotou a hipótese de que o valor de troca das mercadorias era conformado pela soma do salário, do lucro e da renda da terra. Conformou assim o conceito de preço natural.
Já Ricardo, apesar de dizer que o capital sempre existiu, mesmo em sociedades primitivas (os instrumentos que os homens utilizavam para caçar eram a prova disso), considerava que essa distribuição não importava para definir o valor do produto. Ricardo defendeu que era apenas a quantidade de trabalho contida em um produto que determinava o valor de troca do mesmo. Um exemplo que exemplifica a visão de Ricardo sobre o valor de troca é o dos cervos e castores. Levo um dia para caçar 1 castor e meio dia para caçar 1 cervo, logo, 1 castor = 2 cervos. Se houver um aumento da eficiência com que o cervo é capturado e eu passar a levar um quarto de dia para caçar um cervo. Logo, 1 castor = 4 cervos. A quantidade de trabalho contido é a mesma em ambos os produtos. E o caçador de cervos não aumentou sua capacidade de comprar mais castores. Tal exemplo nos ajuda a entender que, para Ricardo, somente a quantidade de trabalho contida em um produto era capaz de comparar de forma confiável o valor de troca mercadorias diferentes. Para ter valor de troca, um