Introdução à Filosofia O estudo da Filosofia se faz dentro da história da Filosofia, que tem início na Grécia Antiga, no século VII a. C., com os chamados filósofos pré-socráticos. Esse movimento ficou conhecido, posteriormente, como desmitologização, que significa o não-mito + lógos (palavra, razão ou pensamento, pois não há palavra que antes não tenha sido pensada). Em tal época, havia um grande número de narrativas mitológicas, que foram transformadas em princípios racionais e universalizados pelos filósofos, tratando-se de construções de cunho existencial. A filosofia trabalha com a razão argumentativa, que remete ao confronto, dilema, o que é diferente da razão descritiva, utilizada em outras áreas como a da literatura. A razão argumentativa é assertiva, havendo a necessidade de fundamentação e não apenas uma mera constatação. Essa razão, quando inserida na história, produz uma tradição filosófica, promovendo uma transformação daqueles princípios passíveis de comprovação, racionalização e universalização. A razão argumentativa inserida na tradição filosófica é razão filosófica, e o filósofo é quem a implementa a partir de uma obra monumental, sendo que dentro dessa tradição filosófica existem os sistemas e movimentos. O sistema é um modelo fechado, caracterizado pela totalidade no pensamento, organização na elaboração, ordem intrínseca e integração entre as partes. Já os movimentos filosóficos são marcados pela falta de sistematização. O ceticismo é um movimento caracterizado pela dúvida, que está intrinsecamente ligada ao não-saber. A dúvida pirrônica, que é relacionada ao ceticismo, é a dúvida absoluta, consistindo na afirmação de que tudo é dúvida e não há caminho algum senão ela mesma. A dúvida absoluta é essencialmente contraditória, pois se tudo é dúvida, tudo não é dúvida e não se pode ter lógica a partir de uma contradição, tratando-se de uma aporia. Há ainda, a dúvida cartesiana, ou metódica, que demonstra um sinal de honestidade, pois não