Pilhas de Daniell
Os povos são construídos com os sonhos. Aqueles que partilham sonhos se dão as mãos e caminham juntos. E esse é, precisamente, o inicio da política, que poderia até ser definida como a arte de administrar os sonhos de um povo (RUBEM ALVES, 2002).
Discorrer-se-á neste trabalho momentos considerados relevantes para percepção das intenções e interesses políticos que marcaram o cenário social e educacional ao longo da história, como meio de contextualizar os princípios e ideologias que sustentam as políticas educacionais da atualidade.
Busca-se refletir os múltiplos fatores que interferiram na política educacional tornando-a significativo instrumento para atender aos interesses da política econômica. Consequentemente o ensino colaborou para o processo de exclusão social, na desvalorização dos indivíduos, delineando uma realidade social que contraria a emancipação e autonomia.
Portanto, faz-se necessário relatar as intenções da política educacional para que se perceba as relações que foram determinadas dentro do referido paradigma ao longo da história. As relações estabelecidas no meio social colaboram para que os indivíduos percam sua confiança própria tornando-se inseguros não percebendo assim seu valor pessoal.
Ao iniciar o novo milênio, percebe-se que o paradigma educacional, voltado para a racionalidade e objetividade não mais atende a nova realidade de mundo que se vive. Quando se volta apenas para a racionalidade e objetividade perde-se a visão global da vida e das relações. Essa forma de ver o mundo em partes isoladas e fragmentadas, têm separado os homens uns dos outros e levado ao vazio afetivo e emocional. Esse vazio provado pelo autoritarismo e manipulação tem favorecido a insegurança e fragilidade na estrutura emocional dos seres humanos.
Nesse contexto, a educação oferecida não reconhece o ser humano em sua multidimensionalidade, como indivíduo que participa da construção do