Trabalho De Socio Antropologia
O colapso de 2007-2008 abriu uma nova etapa da crise capitalista mundial. O neoliberalismo, que tinha sido colocado em pé na década de 1980 faliu e, como consequência, a direita tradicional tem sofrido enormes derrotas, da mesma maneira que tinha acontecido com a socialdemocracia com a escalada neoliberal.
O sistema financeiro mundial e uma parte importante das multinacionais imperialistas que não atuam prioritariamente no setor bancário entraram em colapso. Foram usados recursos públicos em larga escala para impedir a bancarrota generalizada às custas do pior endividamento dos estados burgueses da história mundial.
Para evitar o colapso do capitalismo, os estados burgueses se super-endividaram, o que levou ao enfraquecimento generalizado. Os mecanismos de contenção da crise, baseados na inundação do mercado mundial com créditos podres, gerados a partir da impressão de moeda sem lastro produtivo, se esgotaram no ano passado. As taxas de crescimento caíram brutalmente; cada vez um maior número de países entrou em recessão.
A burguesia mundial não conseguiu estruturar uma nova política devido ao elevado grau de parasitismo. A política de "crescimento" de François Hollande, por exemplo, não durou mais que alguns meses, e, perante a inviabilidade para coloca-la em prática, ele mesmo passou a encabeçar as políticas de austeridade.
O colapso da base material é o principal motivo da bancarrota da direita tradicional. Por esse motivo, a burguesia impulsiona uma saída de força baseada na imposição de regime de cunho fascistoides. Isso explica o crescimento da ultradireita, nas somente dos partidos abertamente fascistas, mas nos alas de ultradireita dentro dos principais partidos da direita tradicional, como o Tea Partynos EUA, Copé na UMP francesa, a ultradireita dos