trabalho de psicologia
A teoria contemporânea tem demonstrado que a criança possui seus processos próprios de articular a afetividade, o físico e a inteligência. É preciso lembrar que tais processos se dão conforme o seu ser e estar no mundo. A primeira pista está no contato direto, no observar. Ver como a criança se expressa com o corpo, com a face, com a voz. A criança está aprendendo o mundo, está operando traduções da realidade e criando sentidos. A criança é uma pessoa avida de sensações e conhecimentos. Seu aprendizado é a marca mesma do seu estar no mundo. A expressividade da criança é um jogo aberto com o real. Seu universo é lúdico, seus sentimentos são despojados de artificialismo. Sua linguagem é experimental. A nova solução para uma construção logica adulta representa uma brecha critico-criativa na racionalidade instituída. E isso demonstra a atuação do sujeito-criança como ser ativo, pensante e criador. O adulto bloqueia sua expressividade. Na criança a experiência e a expressão são brinquedos, a invenção é prazer, viver significa descobrir. A criança participa do mundo no seu nível, dentro de seus espaços e possibilidades. Entender a criança, respeitá-la significa dialogar com ela, o que também pressupõe o reconhecimento da criança como outro, como sujeito. Para a criança, sentir e pensar não se distinguem do mesmo modo que ação e pensamento. Cada criança é como um pequeno deus criando o mundo à sua imagem e semelhança, e ela vai aprendendo que nomear é apropriar-se, ligar-se com o mundo. O seu imaginário é uma caixa de surpresa: a criança está em estado permanente de brincadeira com a realidade. Para ela não há separação entre forma e conteúdo, nem entre sujeito e objeto ou tão pouco entre razão e emoção. A maturidade logico-abstrata será atingida se a criança tiver uma infância rica em estímulos, experiências, fantasias e afetividade. A criança tem que ser criança para vir a ser um adulto saudável. O pensamento infantil é analógico e não pré-lógico, por