trabalho de laranja
Manoel Renato Teles Badke1
Nos últimos anos a suinocultura tem se caracterizado pela alternância entre bons e maus momentos. Apesar disso nosso rebanho tem atingido níveis de produtividade cada vez melhores, e os criadores tem investido mais em genética e tecnologia.
Para a obtenção dessa constante melhoria, a sanidade constitui-se num fator de extrema importância, pois pode fazer a diferença entre o sucesso e o fracasso da criação.
Sanidade é um assunto muito sério, e os suínos são afetados por uma série de doenças que chegam a interferir na sua produtividade até causarem a morte dos animais. Nesse contexto está a LEPTOSPIROSE, doença que vem crescendo muito em importância, ignorada pela grande maioria de nossos criadores e cuja principal característica é o aborto em qualquer fase da gestação, como também maior intervalo entre partos, diminuindo a fertilidade e produtividade.
Leptospirose animal
A Leptospirose é uma zoonose na qual os animais são hospedeiros primários, essenciais para a persistência dos focos da infecção, e os seres humanos são hospedeiros acidentais, terminais, pouco eficientes na perpetuação da mesma. Esses fatos ressaltam a importância do direcionamento das ações preventivas para os animais vertebrados que se comportam como reservatórios de leptospiras. O impacto da leptospirose em termos da saúde pública reflete-se no alto custo do tratamento dos seres humanos acometidos com letalidade da ordem de 5% a 20%. No entanto, quanto à saúde animal, as conseqüências dessa infecção são particularmente da esfera econômica, tendo em vista o envolvimento de bovinos, eqüinos, suínos, caprinos e ovinos, espécies animais produtoras de alimentos nobres como a carne, o leite, e ainda de produtos de interesse industrial, tais como a lã e o couro. A leptospirose animal representa, portanto, um ponto de preocupação para os profissionais envolvidos com a saúde animal e saúde pública. A melhoria das ações de controle