trabalho de educação no campo
ENFRENTAMENTOS À NATURALIZAÇÃO DA ORDEM DO CAPITAL:
POSSIBILIDADES DA EDUCAÇÃO NOS MOVIMENTOS SOCIAIS DO CAMPO
Cecília Maria Ghedini – UNIOESTE ghedini61@yahoo.com.br Eixo 2: América Latina e a educação dos trabalhadores (tendências conjunturais, educação comparada, políticas públicas, perspectivas)
Resumo: Este momento histórico se apresenta como um dos mais desafiadores já vividos pela humanidade se considerarmos o avanço da hegemonia dos mecanismos do capital no sentido do controle dos vários aspectos da vida desde o local, passando por esferas mais amplas, até a subjetividade humana. A América Latina tem um diferencial neste sentido por manter vivas as lutas de resistência contra-hegemônica, principalmente através dos Movimentos Sociais, dentre os quais se destaca o Movimento Sem Terra. Dentre as tarefas necessária neste enfrentamentoa desnaturalização desta ordem do capital fortemente subjetivada nas formas como se estabelecem suas relações concretas, se apresenta como uma das mais urgentes. Dos diversos processos produzidos pelos Movimentos Sociais nas últimas décadas vimos nascer no contexto das lutas dos camponeses uma proposta educativo-formativa com grandes possibilidades de desnaturalizar tal ordem, uma vez que articula conteúdo e forma através de um instrumental pedagógico que tem como foco essencial o sistema de alternância e a organicidade da coletividade em formação. Potencializar tais ações, aprofundar a investigação e sistematizá-laspode ser entendida como uma necessidade para firmar tais experiências e contribuir com o avanço de um projeto histórico que se entende transformador.
Palavras-chave: Movimentos Sociais do Campo.Educação. Resistência. Naturalização.
1. Introdução
Este artigo tem como objetivo apresentar uma dimensão potencial das propostas educativo-formativas dos Movimentos Sociais do Campo no sentido do enfrentamento da naturalização da ordem do capital uma vez que articula no seu fazer um