biologia
Capítulo II – Educação do Campo
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SOBRE EDUCAÇÃO DO CAMPO
Roseli Salete Caldart
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Madrugada camponesa faz escuro (já nem tanto) / vale a pena trabalhar.
Faz escuro, mas eu canto / porque a manhã vai chegar.
Thiago de Mello, 1962.
Introdução Este texto foi preparado como roteiro de exposição para o III Seminário do Programa Nacional de
Educação na Reforma Agrária (PRONERA), realizado em Luziânia, GO, de 2 a 5 de outubro de 2007.2 Seu objetivo principal é chamar a atenção para algumas questões que deveríamos considerar no balanço projetivo do Pronera proposto para este Seminário e, mais amplamente, nas reflexões sobre os desafios da trajetória da
Educação do Campo. Em abril de 2003, no I Seminário do Pronera, refletíamos sobre a participação deste Programa, que desde seu início foi projetado, especialmente pelos Movimentos Sociais que por ele lutaram, como um exercício de construção coletiva de política pública, na constituição prática e teórica da Educação do Campo.
Hoje, em outubro de 2007, às vésperas do Pronera completar dez anos de existência, nos parece que temos ainda mais elementos para afirmar que “o Pronera vem ajudando a construir a Educação do Campo e a
Educação do Campo já pode servir de espelho, ou de parâmetro, referência, para as práticas do Pronera” e, portanto, para um balanço de seu percurso e uma projeção de seu futuro. A questão de fundo parece ser: que concepção/projeto de campo o Pronera está ajudando a construir?
E que concepção de educação nos orienta e estamos ajudando a afirmar através das práticas e da pressão por políticas públicas de educação para as áreas de Reforma Agrária? Na exposição que segue consideraremos esta questão de fundo a partir de duas outras perguntas, orientadoras da abordagem específica desta mesa: o que é Educação do