Trabalho da importancia da informatica
POR QUE (NÃO) TRABALHAR PIADAS NA ESCOLA? Bernadette Simas Nascimento PONTAROLLI (PG - UFSC) ABSTRACT: Based on Bakhtin’s theory and according to ideas discussed by Rodrigues (2000), Schneuwly ( 1994), Brandão (2000) e Rojo(2000), the aim of this paper is to shed some lights on possibilities offered by humor, mainly joke-texts, a discursive genre wich can be effectively worked at school because its ludic and ideological characteristics. In addition, jokes are interesting texts to show the importance of linguistics factors. KEYWORDS: discursive genre, joke- text, ideology, humor. 1 INTRODUÇÃO “Tenho certeza de que a poesia é indispensável, mas não me pergunte por quê”, disse certa vez Jean Cocteau1, cineasta, teatrólogo e poeta francês quando lhe perguntaram a respeito da necessidade da poesia. É mais ou menos assim que nos sentimos ao defender o humor (as piadas, principalmente) na escola. Temos certeza de que as piadas e o discurso do humor em geral são indispensáveis nos currículos escolares. Mas por que logo piadas se, conforme Bakhtin (1992: 279), “a riqueza e a variedade dos discursos são infinitas”? Justamente por isso, argumentamos. O assunto, no entanto, merece uma verdadeira defesa para convencer a escola a apostar e confiar na força emancipadora do riso, porque a ideologia da seriedade prevalece na instituição escolar, fortalecida pela máxima do “muito riso, pouco siso.” Essa interdição, mesmo que disfarçada, explica por que o humor não é um tópico merecedor de destaque nos currículos, muito embora, fora da escola, seja uma das formas expressivas mais empregadas. Ao escolher as piadas como um dos gêneros do discurso que a escola pode (talvez até deva) trabalhar, nosso objetivo, sem qualquer pretensão, é mostrar ao professor que, se o aluno, na sua prática escolar, precisa “ser exposto à pluralidade dos discursos que circulam no seu cotidiano ou que fazem parte da sua cultura” (Brandão, 2000: