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Linguagem Literária da Modernidade
A linguagem de hoje procura usar palavras simples e objetivas, de forma que até as pessoas menos estudadas compreendam o conteúdo.
Antigamente a linguagem era mais rebuscada e regrada; hoje em dia, a linguagem está mais livre e "solta".
A linguagem da modernidade tanto na estética quanto na vida social apresenta um anticonvencionalismo temático, e inovação dos conteúdos que encontra correspondência também nesta linguagem.
Além das inovações técnicas, a linguagem torna-se espontânea, mesclando expressões da língua culta com termos populares, o estilo elevado com o estilo vulgar.
Há uma forte aproximação com a fala, isto é, com a oralidade, e geralmente desejam denunciar a realidade como ela é nua e crua.
Assim, liberto da escrita nobre, o artista volta-se para uma forma prosaica de dizer, feita de palavras simples e que, inclusive, admite erros gramaticais.
Poemas:
A Velhice Pede Desculpas
Tão velho estou como árvore no inverno, vulcão sufocado, pássaro sonolento.
Tão velho estou, de pálpebras baixas, acostumado apenas ao som das músicas, à forma das letras.
Fere-me a luz das lâmpadas, o grito frenético dos provisórios dias do mundo:
Mas há um sol eterno, eterno e brando e uma voz que não me canso, muito longe, de ouvir.
Desculpai-me esta face, que se fez resignada: já não é a minha, mas a do tempo, com seus muitos episódios.
Desculpai-me não ser bem eu: mas um fantasma de tudo.
Recebereis em mim muitos mil anos, é certo, com suas sombras, porém, suas intermináveis sombras.
Desculpai-me viver ainda: que os destroços, mesmo os da maior glória, são na verdade só destroços, destroços.
(Cecília Meireles)
Ausência
Por muito tempo achei que a ausência é falta.
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus