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Além disso, as meninas são as que mais sofrem agressões por adultos da família: 11,5% delas relataram casos do tipo, enquanto 9,6% dos meninos confirmaram terem passado por essas agressões. HISTÓRIA
Ela deu onze capas de telefone celular às colegas de sala na nova escola, com a esperança de não ser mais alvo das chacotas e ser aceita na turma. Não adiantou. A menina de 11 anos continuou sem parceiros para os trabalhos de grupo e isolada na hora do recreio. Elas apontavam para mim e cochichavam. Diziam que sou burra, consumista e que não gosto de lavar o cabelo, mas é mentira, conta, cabisbaixa. As brincadeiras humilhantes se estenderam ao Facebook. O resultado foi um transtorno alimentar - momentos de total falta de apetite em alternância com outros de exagero na comida -, queda no desempenho escolar e muito choro antes de ela ir para o colégio que começou a frequentar neste ano. Após três meses de tormento para a família, em maio, a mãe, a empresária Carla Piovan Utsch, registrou uma denúncia na Secretaria de Direitos Humanos contra o tradicional Colégio Marista Dom Silvério, no São Pedro, onde a filha estudava até a semana passada. Desde a última segunda (10), a menina está em outra escola. E meu advogado vai entrar com uma ação contra o Dom Silvério, avisa Carla. Não se trata de um caso isolado. Histórias parecidas continuam acontecendo com frequência nas