Trabalho Caso Clínico
Maio de 2014
Caso Clínico
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Márcia tem 36 anos. Chegou à Unidade Básica de Saúde na primeira vez por conta de um atraso menstrual. A gravidez foi confirmada por exame no beta
HCG. Ela ficou bastante ansiosa com a notícia, pois não havia planejado essa gravidez. Mas recebeu apoio dos familiares e do companheiro, com o qual mantem um relacionamento estável há dois anos. Afirma ter saúde boa e há 5 anos faz uso de medicação anti-hipertersiva (Captopril 3 vezes ao dia e
Hidroclorotiazida uma vez ao dia), o que mantem a pressão em níveis normais.
Tem uma filha de 7 anos, saudável, fruto de um relacionamento anterior, e da única gestação que teve no passado. Passou a usar ácido fólico e sulfato ferroso após esta consulta.
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Agora, retorna à Unidade Básica de Saúde com o resultado dos exames que foram solicitados na primeira consulta. Refere estar sentindo-se bem. Está mais tranquila, já escolhendo nome para o bebê. Tem dificuldade de vir às consultas de pré-natal por conta do excesso de trabalho.
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No exame físico, sua pressão arterial está 140 x 90 mmHg e seu peso está normal.
Afirma que persiste com o uso da mesma medicação anti-hipertensiva por conta própria, pois quando suspendeu a medicação, teve picos hipertensivos. A ultrassonografia confirma a gravidez de 12 semanas.
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Hipótese Diagnóstica
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Hipertensão crônica com risco de pré-eclâmpsia. A paciente possui hipertensão crônica, controlada com o uso de Captopril e Hidroclorotiazida. Perante a gravidez, surge o risco de pré-eclâmpsia, pois mesmo com o uso continuado da medicação anti-hipertensiva, a pressão se apresenta alterada. A pré-eclâmpsia, cujos principais sinais são hipertensão, edema e proteinúria, ocorre com mais frequência e é mais grave em mulheres com hipertensão pré-existente do quem em mulheres normotensas na gravidez. É uma doença hipertensiva peculiar a gravidez humana, caracterizada pelo desenvolvimento gradual da hipertensão,