TRABALHO BICHOS
LETRAS
BENEDITO GOMES
EDNA A. LOPES
FABIANA C. G. LOPES
FLAVIA FRAGOSO
ISABELA M. BALDANI
BICHOS
MIGUEL TORGA
Avaré
2015
FACULDADES INTEGRADAS REGIONAIS DE AVARÉ
BENEDITO GOMES
EDNA A LOPES
FABIANA C. G. LOPES
FLAVIA FRAGOSO
ISABELA M. BALDANI
BICHOS
Trabalho apresentado para a disciplina: Literatura Portuguesa.
Professor: Emerson C. Rosseti
AVARÉ
2015
Bichos
Miguel Torga
(1940)
Escrito em 1940, Bichos é um clássico da literatura portuguesa. O grande escritor português - também poeta, teatrólogo, contista e memorialista - Miguel Torga, inventa um mundo de bichos humanizados.
São catorze contos, onde o mistério da vida nos aparece no seu esplendor, perfilando bicho, homem e natureza numa comunhão fraternal, em que todas as peças são necessárias ao quebra-cabeças da vida.
Cada um dos catorze contos tem uma personagem, um animal humanizado ou um humano que é quase animal e todos vivem em luta com a natureza, Deus ou consigo mesmo. Diferentes entre si nas suas particularidades, estes “bichos”, animais e humanos, estão todos na mesma “Arca de Noé”, a terra mãe, irmanados numa luta igual pela vida e pela liberdade.
As suas histórias apelam à interpretação porque representam dilemas muito humanos, mas partilhados quer pelos homens quer pelos animais. O homem é, neste livro, mais um bicho entre outros e não ocupa um lugar privilegiado na criação.
Para Miguel Torga, a evolução afastou o homem da natureza, condenando-o à perdição e viaja com “Bichos” em busca da sua essência selvagem, da pureza dos instintos, pondo em causa Deus, liberdade, sociedade e a relação do individuo com elas.
Tema
É através dessa pequena arca de Noé, feita de bichos e gente, que Torga aponta as injustiças do dia-a-dia, trazendo novos modos de olhar. Esta coletânea constitui um marco do conto em Portugal. Encontramos na obra, um Miguel Torga paradoxal, contraditório, inexplicável, que mistura o sagrado e o profano, que é