Revolução dos bichos - trabalho completo
George Orwell, escritor, jornalista e militante político, participaram da Guerra Civil Espanhola na milícia marxista/trotskista e foi perseguido junto aos anarquistas e outros comunistas pelos stalinistas. Desencantado com o governo de Stalin, escreveu “A Revolução dos Bichos” em 1944. Nenhum editor aceitou publicar a sátira política, pois, na época, Stalin era aliado da Inglaterra e dos Estados Unidos. Só após o término da guerra, em 1945, é que o livro foi publicado e se tornou um sucesso editorial.
Sr. Jones = Rei/Czar/Imperador
Major = Lênin/Karl Marx (Idealistas do comunismo)
Bola-De-Neve = Trotsky
Napoleão = Stálin
Granjeiros Locais = Diversos países
Animais da granja = Proletariado/Trabalhadores
Sansão = Alexei Sakharov (Famoso trabalhador russo)
CAP. 1: O Major faz um discurso sobre como os animais são abusados pelos humanos, introduz a ideia da Revolução e conta que sonhou com um mundo onde o homem não existia. Canta então “Bichos da Inglaterra”, uma melodia que aprendera quando criança.
RESENHA CRÍTICA: Indubitavelmente toda e qualquer revolução legítima tem como dínamo que mobiliza suas forças o uso da violência de forma repressiva invariavelmente associado a situações de penúria e escassez a que são submetidos os populares. Remexendo os escritos de Karl Marx podemos nos lembrar de um de seus mais célebres conceitos como definidor dessa ação, a clássica definição de "Luta de Classes". Mas, desde quando podemos considerar os animais como seres que constituem um grupo capaz de afrontar o domínio sobre eles exercido pelos seres humanos? Seriam a humilhação, a miséria e as opressões, combustíveis capazes de tornar os animais conscientes e os levar a insurreições que virariam a situação de cabeça para baixo, fazendo dos animais os gestores de uma propriedade agrícola de bases coletivistas? Na perspectiva do escritor inglês George Orwell, é possível perceber que sim. Que os animais, sejam eles porcos, patos,