Trabalhador ganha com horário flexivel
De um lado, os negócios ganham com a maior produtividade dos trabalhadores e a possibilidade de atender a diferentes fusos horários. De outro, empregados focam no resultado, com liberdade de administrar seu horário.
Segundo Cláudio Dedecca, economista da Unicamp, a flexibilização é mais vantajosa para aqueles que ocupam cargos de alta qualificação. Esse profissionais têm mais autonomia na realização das tarefas e por isso se adequam melhor ao horário flexível.
Ele afirma que há setores e funções em que a flexibilidade é mais fácil. Quando o trabalho é mais individual e o que interessa é o produto final, isso é possível.
Dedecca alerta para o fato de a flexibilização não se transformar em ônus para o trabalhador. Muitas vezes, ao invés de ter liberdade, o funcionário fica mais exposto às demandas da empresa. A pessoa fica mais tempo disponível e não recebe por isso.
Eduardo Pelegrina, diretor de recursos humanos da Motorola, aponta a forma flexível de trabalho como adaptação das empresas. É algo necessário e inevitável. As empresas que mantém contato com o exterior precisam dessa ferramenta para se comunicar.
No caso da Motorola, ele diz que, como a empresa trabalha de maneira global, são necessários horários flexíveis para se relacionar com outros países.
Pelegrina aponta ainda mudança no pensamento da empresa, que deixa de se preocupar com horários de entrada e saída e passa a focar apenas o resultado dos trabalhadores. A gestão própria da vida pessoal e profissional é muito positiva. O funcionário passa a trabalhar nos horários em que pode ser mais produtivo.
De acordo com ele, como o funcionário passa a trabalhar mais satisfeito a empresa percebe a melhoria na qualidade do serviço. Não há como não influenciar no resultado. A satisfação reflete