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O universalismo cristão é a doutrina da salvação universal, afirma que todos serão salvos pela misericórdia de Deus, é declarada pela Igreja Católica Romana, e por alguns grupos e igrejas protestantes de linha mais liberal. Esse tema é tratado por Alain Badiou pela análise da vida do apostolo São Paulo, conhecido por ser o fundador do cristianismo. É importante dizer que Badiou é um filosofo ateu e que seus estudos sobre essa figura militante advêm de sua enorme contemporaneidade, e por ser um dos primeiros teóricos do universal, é importante lembrar que ele não relaciona Paulo à religião. Em seu prólogo no livro A Fundação do Universalismo, Badiou diz: “Para mim, Paulo é um pensador – poeta do acontecimento e, ao mesmo tempo, aquele que pratica e enuncia atos constantes característicos do que se pode denominar a figura militante. Ele faz surgir a conexão, integralmente humana e cujo destino me fascina, entre a ideia geral de uma ruptura, de uma virada, e a de um pensamento prático, que é a materialidade subjetiva dessa ruptura.” Há na obra uma releitura de Paulo, para a civilização contemporânea, através da centralidade de seu pensamento. Paulo nasceu em Tarso, entre os anos de 1 e 5, seu pai era cidadão romano, sendo assim ele também era. Participava da perseguição aos cristãos, considerados hereges pelos judeus ortodoxos, até que na estrada para Damasco ele se converte ao cristianismo, devido a uma aparição divina, uma voz misteriosa que lhe mostrou a verdade e sua vocação. Assim, começa sua longa jornada por vários cantos do império propagando a verdade de cristo, organizando núcleos e cultivando discípulos para continuarem com a evangelização, também redigia cartas às bases. Seu propósito era simples, queria espalhar a boa nova que Jesus ressuscitou, queria tirar a Nova (o Evangelho), das mãos apenas da comunidade judaica. Badiou, trata esse acontecimento como uma fábula que se for