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CONTAS PÚBLICAS
O Brasil encontra-se com problema para manter um equilíbrio das contas públicas, ou seja, a diferença entre as receitas e as despesas do governo federal. A arrecadação de dinheiro é feita através da cobrança de impostos que incidem sobre a renda, a propriedade, serviços e produtos. Já as despesas incluem gastos com obras, previdência, educação, saúde, funcionários, pagamento da dívida pública, entre outros.
Quando o governo arrecada mais do que gasta, significa que houve superávit primário. Quando as despesas superam as receitas, ou seja, o governo gasta mais do que arrecada, temos um déficit primário.
Números recentes das contas públicas do Brasil mostram um país à beira de uma crise fiscal. Segundo dados do Tesouro Nacional, o ritmo de crescimento dos gastos do Estado é seis vezes maior que o das receitas.
Entre janeiro e novembro de 2014, o governo federal gastou R$ 933,1 bilhões. No mesmo período do ano anterior, o valor foi de R$ 827,7 bilhões. Ou seja, as despesas cresceram 12,72%, enquanto as receitas avançaram apenas 2,8% no mesmo período, passando de R$ 890,3 bilhões (2013) para R$ 914,7 bilhões. A diferença entre as contas (receitas menos despesas, excluindo o pagamento da dívida pública) foi de R$ 18,3 bilhões, o pior resultado de janeiro a novembro desde 2001 (início da série histórica desse indicador).
Dívida pública
A dívida bruta do Brasil saltou para 62% do PIB (produto interno bruto, ou seja, a soma de toda riqueza produzida pela sociedade). Em dez meses, o endividamento total aumentou 8,4 pontos percentuais, já que, em dezembro de 2013, a dívida representava 53,6% de todas as riquezas produzidas pelo país.
O dinheiro que “sobra” nas contas do governo depois de pagar as despesas (exceto juros da dívida pública) é chamado de superávit primário. É esse dinheiro que o governo usa como poupança para pagar os juros da dívida pública.
Manter as contas públicas em dia é crucial para o