Toxoplasmose e sífilis congênita
Em bebês, muitas anomalias podem ser evitadas com medidas simples de prevenção, no entanto, ainda há muitas crianças que nascem com uma malformação congênita. Sendo assim, abordam-se dois causadores de má-formações, a Sífilis Congênita e a Toxoplasmose e os efeitos que casam no feto em desenvolvimento.
A Toxoplasmose é uma doença causada pelo protozoário Toxoplasma Gondii que parasita aves, ratos, humanos e gatos. Esses coccídeos possuem um ciclo de vida complexo e com diversas formas de transmissão, a principal é a ingestão de carne mal cozida infectada e fezes de gatos.
A mãe só transmite a toxoplasmose ao feto se sofrer primo-infecção durante a gravidez, sendo mais comum em grávidas jovens. Mesmo quando há a infecção placentária, só menos da metade dos fetos a adquire. Se a infecção ocorrer do 3º ao 6º mês, a doença é mais grave, podendo resultar em morte fetal. A ocorrência de infecção congênita na gestante durante o primeiro trimestre é pequena, porém a sua manifestação é mais severa, podendo resultar em sequelas graves e morte do feto. Já nos últimos dois trimestres, o risco de infecção aumenta, porém a manifestação da doença é mais leve. Os trofozoítos (formas de reprodução rápida) atingem a placenta por via sanguínea, onde a infecção no feto se dissemina, atingindo todos os tecidos. Há invasão das células endoteliais, de pequenos vasos, que causam vasculite, trombose e necrose desses.
A transmissão congênita ocorre quase sempre no estágio inicial da infecção, onde os sintomas clínicos são mais nítidos (febre alta, parasitemia elevada) mas em outros casos, pode ocorrer transmissão ao feto durante a fase crônica da infecção materna. As gestantes que apresentarem suspeita de infecção por T. gondii adquirida durante a gestação devem ser imediatamente tratadas com medicamentos para evitar a transmissão para o feto. Durante o tratamento, as gestantes devem ser monitoradas com relação à toxicidade