TOXICOFILIAS
A história da humanidade desde o principio relata o convívio do homem com o uso de drogas, sem que representasse sérios riscos ou preocupação social, visto que as substâncias psicoativas eram consumidas apenas em determinados momentos, geralmente, de cunho terapêutico ou religioso.
Historiadores relatam a longas datas o consumo de drogas, a mais antiga é o álcool, pelo menos 6 (seis) mil anos a.C. Os assírios, gregos e egípcios deixaram textos que relatam o uso do ópio. Homero relata, em Odisseia , que Helena de Tróia ministrou a Telêmaco uma bebida capaz de apagar a dor e a desgraça, sob nome de nephenthes.
Entretanto, estudos científicos e inferências da própria sociedade, apontam que no transcorrer dos séculos esse consumo tem sido demasiado, ocasionando sérias consequências, dentre elas o aumento da criminalidade.
O consumo de álcool e drogas tem afetado as interações sociais, na medida em que seus efeitos proporcionam diversos comportamentos conflitantes, tais como: paranoia, propensão à violência, atitudes expiadoras, provocativas e dominadoras. E a consequência desses tipos de comportamentos, em regra, é o crime.
A taxa de criminalidade aumenta em decorrência do consumo e tráfico de drogas, da necessidade de adquiri-las e de quando não se consegue arcar financeiramente com seu uso. É em razão das drogas que se iniciam brigas e ocorrem acidentes que terminam em morte, que acontecem tantos assaltos e prostituição como forma rápida de conseguir dinheiro para comprá-las, que usuários servem de “mulas” para que com o lucro do transporte e revenda adquira mais drogas ou salde o que devem. São tantas as circunstâncias que levam um indivíduo a consumir drogas e consequentemente entrar no mundo da marginalidade que o Judiciário tem a incumbência de analisar o caso concreto antes de aplicar a Lei, para que respeitados os princípios da proporcionalidade e individualização, aquele que foi condenado em razão de seu envolvimento