Totens e tabus
Totens e Tabus - Freud O Ramo de Ouro - Fraser Comparativo entre as idéias dos livros e a Umbanda
Trabalho apresentado à disciplina Psicologia da Religião do quinto semestre do Curso de Graduação em Bacharelado em Teologia da Faculdade Batista Brasileira, Professor: Robson Souza
Salvador 2012
Após a leitura dos livros de Freud e Fraser, Totens e Tabus e O ramo de Ouro respectivamente, objetivamos descrever um rito religioso da Umbanda apontando neste os sinais do totemismo. Para tanto descreveremos o rito da Gira identificando os totens, tabus e a relações de poder que estes exercem em seus adeptos e manifestações do sagrado como forma de compreensão e ilustração das obras citadas. E ao fazer isto, depreenderemos os tabus e totens dessa religião, e assim, as idéias, percepções e especulações descritas nas duas obras, já referenciadas, serão esplanadas tomando por base esse comparativo. Freud suscita-nos uma reflexão sobre a questão da culpa e da responsabilidade perante as normas, éticas e tabus estabelecidos pelas sociedades, que se traduziria em comportamentos que, dentro dos costumes de uma comunidade, seriam considerados nocivos a normalidade, sendo, por isto, mal vistos e então proibidos aos seus membros. Considerando a atualidade importa ressaltar que houveram transformações nas correntes do pensamento religioso. Progressos sociais afetaram a história e interferiu nos tabus, o que explicaria a quebra ou ausência dos sinais mais originais que se direcionavam aos totens. Na Gira da umbanda a presença da Mãe de Santo, e do Orixá que trabalha no ritual, não representa na Mãe de Santo o totem, haja vista que o Orixá que flui no corpo, este sim o totem, não se transfere definitivamente à Mão de Santo e, portanto essa sacerdotisa seria a Bruxa. Para os adeptos da umbanda esse orixá teve vida terrena e conhece as mazelas e as virtudes humanas, embora as tenha