Totem e tabu
Totem e Tabu e outro trabalho (1913-1914)
Por Beraldina Aparecida R Souza
Freud, Sigmund (1856-1936). Fundador da psicanálise, foi durante muitos anos, clinico e professor em Viena. Nasceu em Freiberg (Tchecoslováquia) e faleceu em Londres.
Em 1897, fez investigações sobre a resistência e a transferência em neuróticos, a mudança do método catártico (explosivo verbal do paciente, abre ação) para o psicanalítico deu-se nessa ocasião. Freud passou a utilizar seus princípios teóricos para interpretar as reações dos pacientes, e o seu método era então, o da associação de idéia associação livre. Este foi o inicio da história da psicanálise.
Nesta obra, Freud nos remete a um “pensar” no homem pré histórico, onde fala que há homens vivendo em nossa época bem próxima do homem primitivo, portanto, somos seus herdeiro e representantes diretos nesse mundo da modernidade. Aborda que por certos vestígios remanescentes, que o totemismo existiu em certa época entre as raças aborígenes arianas e semíticas da Europa e Ásia.
Segundo, Freud o caráter totêmico é inerente, não apenas a algum animal ou entidade individual, mas a todos os indivíduos e de uma determinada classe. Em quase todos os lugares em que encontramos totens, encontramos também uma lei contra as relações sexuais entre pessoas do mesmo totem e conseqüentemente, contra o seu casamento. Fundamento esse para pensar-se que as proibições totêmicas são dirigidas principalmente contra os desejos incestuosos do filho, em uma época em que as restrições matrimoniais tornaram-se necessárias. Algumas considerações tornaram o significado do incerto mais claro no decorrer da obra, aonde o enigma de como a família verdadeira veio a ser substituída pelo clã totêmico talvez deva permanecer insolúvel possa ser explicada.
Freud apresenta o significado de tabu mostrando as divergências: “sagrado”, “consagrador”, e, “misterioso”, “perigoso”, “proibido”, “impuro”, onde podemos retomar os primeiros sistemas