Torcidas organizadas
O futebol é considerado por muitos a grande paixão popular, é o maior fenômeno social dos últimos anos. A violência ao redor do futebol não é acontecimento novo. Fica uma indagação: Quem são esses “torcedores” Quais os motivos desse aumento considerável de violência.
O conflito entre os poderes econômicos e social marcou a construção do espaço urbano das grandes cidades, prevalecendo o interesse do capital e, de alguma forma, esse processo interferiu, inclusive na identidade social dos jovens que se expressam através da negação do outro (enquanto ser social), da disputa e da violência prazerosa entre grupos rivais. Não cabe atribuir as causas dessa violência, exclusivamente, as questões de classe social ou fatores estritamente econômicos. Na composição de uma “torcida” participam pessoas que respondem a processos criminais, viciados, etc... Os pais de família, mulheres e jovens de bem não se sentem seguros em freqüentar os estádios de futebol já há algum tempo. E quando o campeonato finalmente se torna interessante, aí é que não dá mesmo, isso porque alguns cidadãos encontram na violência uma forma de autoafirmação, chamando esse ato de torcer. País afora esse perfil se repete, respaldado pelo mesmo contexto sócio econômico à apatia do poder público.
È difícil haver um caso de violência em estádios de futebol na qual esses marginais não estejam envolvidos. Qual seria a solução acabar, proibir, execrar essas facções de torcedores e organizar a torcida e o campeonato. A sociedade não precisa de um bando de vândalos organizados e respaldados por suas instituições. Só em Goiânia este ano já foram três torcedores assassinados: dois do Vila Nova e um do Goiás. Essas torcidas se revelam um problema grave, que requer uma atenção redobrada da sociedade. Mas fica claro que um grupo dentro dessas torcidas não concordam com esse tipo de violência e estes não devem ser punidos pelos erros dos outros (marginais) que se escondem atrás do nome