torcidas organizadas

Torcidas organizadas: O Estatuto do torcedor e a violência nos estádios goianos
A torcida organizada no Brasil é tão antiga quanto o futebol no país. Estão lado a lado com os times desde os meados de 30 com o inicio da primeira torcida organizada, a TUSP— Torcida Uniformizada do São Paulo. Com o passar do tempo outras torcidas foram aparecendo.
Hoje, torcida organizada tornou-se para muitas pessoas, sinônimo de praga do futebol, devido a violência e ao vandalismo. Isso porque grande parte das torcidas sofrem com criminosos infiltrados que brincam com as normas da sociedade, sem um poder público ativo e um estatuto ineficaz.
Esse descrédito às torcidas organizadas tornou-se mais avassalador, quando na década de 90, houve um conflito entre as torcidas Mancha Verde, do Palmeiras, e Independente, do São Paulo, deixando nesse triste episódio 110 feridos e um morto.
Os conflitos há anos já ultrapassaram as barreiras das regiões do país. O estado de Goiás já tornou-se sinônimo de violência de torcidas organizadas. E isso deve-se a rivalidade entre clubes, em principal, os maiores do estado: Vila Nova e Goiás.

1 Apresentação
Este trabalho almeja realizar uma análise da influência do estatuto do torcedor frente ao fenômeno das torcidas organizadas do Estado de Goiás. Este projeto terá como objeto de estudo as violências registradas no campeonato goiano de futebol de 2014 por meio de ocorrências policiais realizadas no período de 19 de janeiro a 13 de abril.
1.1 Tema e delimitação
O futebol brasileiro é muito mais do que um esporte profissional no Brasil, é a identidade de uma sociedade, que desde os meados do século XX o acolheu, tornando-o como o esporte mais popular do país. “O futebol é muito mais do que um esporte profissional de alto rendimento: é a metáfora de uma sociedade. Em outras palavras, é a síntese de múltiplas determinações objetivas e subjetivas- emocionais, existenciais, culturais, sociais, históricas.” (MURAD, p. 17, 2007)
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