O incentivo à leitura através do contar histórias
O incentivo à leitura através do contar histórias
As origens das narrativas de tradição oral há tempos são temas de confrontos entre os estudiosos. O conto de tradição oral é disseminado através dos narradores, dos contadores de causos ou histórias. Na sociedade atual devido às inúmeras modificações e adventos tecnológicos muito se teorizou a respeito do término da tradição de contar histórias (Peterman & Pires, 2010).
A necessidade de relatar o que era vivenciado, assim como as situações e sensações permitiu e contribuiu para que os homens desenvolvessem lentamente e processualmente a sua oralidade (Vasconcelos, 2007). Café (2007) argumenta que a oralidade era compartilhada pelos membros da comunidade como um ritual, ou seja, através das palavras partilhavam-se as experiências e costumes que deveriam ser relembrados e memorizados. Relata também a importância do surgimento do alfabeto e, simultaneamente, a condenação da oralidade.
Vasconcelos (2007) confirma a condenação mencionada por Café (2007) através de um relato histórico que evidencia como a escrita alterou a realidade dos antigos contadores de histórias, pois o que era repartido entre todos tornou-se privilégio de alguns, pois uma minoria possuía o privilégio da alfabetização, do acesso ao conhecimento e ao mundo da imaginação através das palavras. Com o passar do tempo à arte de contar histórias se restringiu a momentos, lugares e espaços específicos com tendência ao desaparecimento. Contudo, atualmente ressurgem pequenos grupos de contadores de histórias, alguns de caráter profissional.
Walter Benjamin citado por Café (2007) faz uma crítica ao modo como as pessoas incorporaram a tecnologia no seu cotidiano e acrescenta que houve um afastamento do ouvir, pensar, criar e do fantasiar. Tal afastamento pode ter contribuído para o desaparecimento do contar histórias nas sociedades urbano-industriais. Porém, atualmente há um movimento inverso que tem a finalidade de resgatar e incentivar as