Tomás Antônio Gonzaga - Biografia e análise de poemas
Tomás Antônio Gonzaga foi um poeta do Arcadismo, movimento que exalta a natureza e a vida bucólica. Nasceu no ano de 1744 na cidade de Porto, em Portugal. Filho de pai brasileiro, veio para o Brasil com quatro anos de idade. Aos 17 anos, retorna a Portugal para cursar Direito na Faculdade de Leis, em Coimbra (época em que teve sua tese “Tratado de Direito Natural” publicada). Em 1782, retorna ao Brasil, na cidade de Vila Rica, sendo nomeado ouvidor e juiz. No mesmo ano, conhece a jovem que inspiraria sua obra “Marília de Dirceu”, Maria Doroteia Joaquina de Seixas Brandão (Marília era o pseudônimo de Maria Doroteia e Dirceu, o de Tomás Antônio Gonzaga). Por volta do ano de 1789, participou de várias reuniões dos inconfidentes, que tinham como objetivo libertar a colônia do domínio português, movimento denominado Inconfidência Mineira. Por este motivo, foi julgado, preso e mandado ao Rio de Janeiro, onde permaneceu até 1792 – ano em que publicou a primeira parte de seu livro que já vinha sendo escrito há alguns anos, em Vila Rica. Logo após, foi exilado a Moçambique, na África, com o objetivo de cumprir sua pena. Em 1793, casou-se com Juliana de Souza Mascarenhas, com quem teve dois filhos. No ano de 1799 publicou a segunda parte do livro, que apresentava características bem diferentes da primeira. Tomás Antônio Gonzaga morre em 1810 e a terceira parte do livro foi publicada em 1812. Outra obra publicada após sua morte (1845) foi “Cartas Chilenas”, sátira que se referia ao governo de Vila Rica na época.
ANÁLISE DOS POEMAS
A obra “Marília de Dirceu” é dividida em 3 partes.
A primeira parte (1792) contém 33 liras escritas por Tomás Antônio Gonzaga anteriormente à sua prisão e apresenta características marcantes do Arcadismo, como o bucolismo, a vida simples no campo e a exaltação da natureza e da beleza de Marília.
(lira I)
Nessa lira, o autor ressalta o amor por Marília, a felicidade e a harmonia,