Tomas Antpnio Gonzaga
425 palavras
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Tomas Antônio Gonzaga●Biografia: O poeta Tomás Antônio Gonzaga, nasceu na cidade do Porto, em Portugal. Passou parte da infância no Recife e na Bahia, adolescente, retornou a Portugal para completar os estudos, matriculando-se na Universidade de Coimbra, onde concluiu o curso de direito aos 24 anos.Tomás Antônio Gonzaga, cujo nome arcádico é Dirceu, escreveu poesias líricas, típicas do arcadismo, com temas pastoris e de galanteio, dirigidas à sua amada, a pastora Marília.
●Característica Especificas: A poesia de Tomás António Gonzaga apresenta características árcades e neoclássicas: o pastoril, o bucólico, a Natureza amena, o equilíbrio etc. Paralelamente, possui características pré-românticas, principalmente na segunda parte de Marília de Dirceu, onde apresenta confissões de sentimento pessoal, ênfase emotiva estranha aos padrões do neoclassicismo, descrição de paisagens brasileiras, etc. O convívio com o Iluminismo põe em seu estilo a preocupação em atenuar as tensões e racionalizar os conflitos.
●Obra:
Lira XXIII
Não praguejes, Marília, não praguejes a justiceira mão que lança os ferros; não traz debalde a vingadora espada; deve punir os erros.
Virtudes de Juiz, virtudes de homem as mãos se deram e em seu peito moram.
Manda prender ao Réu, austera a boca, porém seus olhos choram.
Se à inocência denigre a vil calúnia, que culpa aquele tem, que aplica a pena?
Não é o Julgador, é o processo e a lei, quem nos condena.
Só no Averno os Juízes não recebem acusação nem prova de outro humano; aqui todos confessam suas culpas, não pode haver engano.
(...)
Publicado no livro Marília de Dirceu: Segunda Parte (1799).
In: GONZAGA, Tomás Antônio. Obras completas. Ed.crít. M. Rodrigues Lapa. São Paulo: Ed. Nacional, 1942. (Livros do Brasil)
●Analise de obra: Nesse poema o autor Tomas Antônio Gonzaga encontra-se preso e escreve poemas para sua amada Marília.