Tomografia Pet (medicina Nuclear)
A tomografia por emissão de pósitrons: uma nova modalidade na medicina nuclear brasileira Cecil Chow Robilotta1
SINOPSE
A medicina nuclear utiliza substâncias radioativas para diagnosticar e tratar doenças. Essa especialidade médica, capaz de fornecer informações fisiológicas e metabólicas sobre o corpo humano, se tornou uma ferramenta fundamental para a detecção precoce de muitas desordens, inclusive vários tipos de câncer. O presente artigo descreve os marcos históricos da medicina nuclear, os princípios físicos básicos que subjazem à tomografia por emissão de pósitrons (PET), um método de imagem usado para mapear a distribuição de radiofármacos no corpo para fins diagnósticos e terapêuticos, e o estado atual dessa modalidade no Brasil.
Como citar: Robilotta CC. A tomografia por emissão de pósitrons: uma nova modalidade na medicina nuclear brasileira. Rev
Panam Salud Publica. 2006; 20(2/3):134–42.
Palavras-chave: compostos radiofarmacêuticos,
diagnóstico por imagem, PET, imagem funcional,
Brasil.
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Universidade de São Paulo, Instituto de Física. Correspondência:
Rua do Matão, Travessa R, 187, Cidade Universitária, Butantã, CEP
05508-900, São Paulo, SP, Brasil. E-mail: cecilcr@if.usp.br
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A medicina nuclear é uma especialidade médica que utiliza compostos (ou moléculas) marcados com radionuclídeos, os radiofármacos, para fins de diagnóstico e terapia. Esses compostos seguem caminhos funcionais ou metabólicos específicos dentro dos pacientes, o que confere a essa modalidade diagnóstica uma característica de natureza biológica que as outras modalidades não possuem. A detecção externa da radiação emitida pelo radiofármaco permite diagnosticar precocemente muitas doenças, enquanto que as alterações anatômicas, muitas vezes, não se manifestam senão em estágios relativamente avançados, como no caso de diversos tipos de câncer.
Outra característica