Tom Burns e George M. Stalker
Stalker e Burns, ficaram conhecidos pelas suas pesquisas sobre organizações mecanicistas e orgânicas, cujos resultados constituem uma das bases da teoria da contingência. Nestas pesquisas, os dois investigadores procuraram analisar a correlação entre as práticas de gestão e o ambiente externo dessas organizações, tendo classificado as organizações em dois tipos: as organizações mecanicistas e as organizações orgânicas.
Na sequência destas investigações foi publicado em 1961 a obra The Management of Innovation, um dos grandes clássicos da teoria das organizações, e que procura resposta para a forma como se relacionam as organizações e seu ambiente externo. Ainda hoje, está continua a ser uma questão fundamental para a compreensão da dinâmica organizacional e um tema obrigatório em qualquer programa de gestão, nomeadamente para a compreensão das diferenças entre as estruturas orgânicas, mais fluidas e facilitadoras da inovação, e mecanicistas, mais reguladas e avessas à inovação.
A Teoria de Tom Burns e G. M. Stalker
A partir dos estudos realizados, Tom Burns e G. M. Stalker verificaram que os procedimentos utilizados em cada empresa diferiam de forma acentuada, mas podiam ser enquadrados em dois tipos:
- as organizações mecanicistas (ou sistemas mecânicos);
Estrutura burocrática baseada na divisão do trabalho;
Cargos ocupados por especialistas com atribuições claramente definidas;
Decisões centralizadas e concentradas no objetivo da empresa;
Hierarquia rígida;
Sistema rígido de controle;
Predomínio da interação vertical de superior e subordinado;
Amplitude de controle administrativo mais estreito;
Ênfase nas regras e procedimentos formais;
Ênfase nos princípios da Teoria Clássica.
- as organizações orgânicas (ou sistemas orgânicos).
Estruturas organizacionais flexíveis e pouca divisão de trabalho;
Cargos podendo ser modificados e redefinidos dependendo de quem participam da tarefa;
Decisões