Titulo
Por que a criança de seis anos no ensino fundamental?
Porque, pelo que entendi, em minha vida inteirinha, para umas coisas serei grande, para outras, pequenininha.
Grande ou pequena, de Beatriz Meirelles
Professor (a), você lembra que idade tinha quando ingressou na 1ª série do ensino primário, ou 1º grau, ou ensino fundamental? Veja que, dependendo da época em que estudou, até a denominação era diferente.
Como se chamava essa primeira etapa da escolaridade obrigatória no período em que você estudou? Quantos anos de estudo eram obrigatórios no Brasil na época em que ingressou na escola? Você fez o exame de admissão (cursou a 5ª série)? Ou depois da 4ª série foi matriculada direto numa nova etapa de ensino? Como chamava essa nova etapa? Ginásio?
Ou era a continuidade do 1° grau? Ou do ensino fundamental?
É muito interessante pensar nessas questões, pois a partir de nossas próprias experiências podemos avaliar as grandes mudanças e conquistas educacionais da sociedade brasileira nos últimos anos. Veja o quadro abaixo e compare:
Lei 4.024/1961: 4 anos de escolaridade obrigatória.
Lei 5.692/1971: 8 anos de escolaridade obrigatória.
Lei 9.394/1996: possibilidade de 9 anos de escolaridade obrigatória.
Lei 11.274/2006: 9 anos de escolaridade obrigatória, com a inclusão das crianças de 6 anos.
O quadro deixa claro que não foi de um momento para outro que essas transformações ocorreram. Também não foi pela vontade de um único legislador ou de um determinado governo que as mudanças se processaram. Não
apenas
no
Brasil,
mas
em
várias
partes
do
mundo,
principalmente nos países desenvolvidos, a necessidade dessa ampliação foi gerada ao longo de um processo histórico, do qual fizeram parte inúmeros atores sociais.
A complexidade do mundo contemporâneo e a vida nas sociedades desenvolvidas demandam um sujeito mais bem formado e ampliam o papel da escola