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CENTRO DE ARTES E COMUNICAÇÃO
DEPARTAMENTO DE LETRAS
Roberta Cavalcante de Araujo (Graduanda em Letras/Espanhol – 8º período)
Língua, sujeito, texto
Na concepção forma e estrutura, a língua era tomada como um código ou sistemas de signos e sua análise era inseparável da do objeto – a língua. Tal linha de pesquisa dissocia o contexto e a situação, bem como os aspectos discursivos sociais e históricos, restringindo-a, apenas, a uma unidade do sistema. Dessa maneira, a língua era entendida como um sistema homogêneo composto de vários níveis hierarquicamente distribuídos: fonológico, morfológico, sintático e semântico. Analisada como uma entidade abstrata, enquanto estrutura, a língua era observada sob o ponto de vista do sistema e o que se reconhecia nela era a forma e não o uso. No início do século XX, Saussure afirmou que a língua era fundamentalmente um instrumento de comunicação. A linguística saussureana constituiu uma das rupturas principais em relação às concepções anteriores, como a dos comparativistas e das gramáticas gerais do século XIX. Para esses estudiosos, a língua era representação do pensamento, ou seja, representava uma estrutura de pensamento. A linha de pesquisa que concebe a língua como um instrumento de comunicação está relacionada à teoria da comunicação, e toma a língua como um conjunto de signos que se combinam segundo regras. A língua como atividade cognitiva ou apenas um sistema de representação mental, paradigma que toma a língua como um fenômeno mental e sistema de representação conceitual, o que a restringe aos atos de criação e expressão do pensamento. Tal abordagem, assim como as anteriores, separa a língua do seu caráter social. A linha de pesquisa que trata a língua como representação do pensamento – assim como a vertente anterior, desvincula a língua de suas características mais relevantes, ou seja, seu aspecto histórico e social.