tita

Refazer/Rescrever uma segunda oportunidade

Corrigir uma 1.ºoportunidade

Capítulo1

Ali estava eu, bem de manhãzinha, cerca de oito, sentada num banco à beira rio.
Pareceu-me um bom lugar para apreciar a vista e para me abstrair dos problemas.
Por momentos nada parece existir mais… a não ser eu e o rio….ele, lá no seu leito e eu, cá no meu banco.
Mas mais que o rio, era a multidão agitada que me chamava a atenção. Dava-me prazer observar os outros e a partir daí tirar as minhas próprias conclusões: reparei em dois miúdos que corriam freneticamente de um lado para o outro, para eles o mundo não passava de uma brincadeira onde não existiam problemas nem conflitos; reparei também em um casal que passeava apaixonadamente e se abraçavam de um modo que parecia não existir um amanhã para o fazerem; próximo de mim, escuto sem querer, um homem a pedir desculpa, através de um telefonema à esposa (é que nem pessoalmente foi capaz), por não ter podido jantar em casa ontem (foram os negócios – diz ele) (acredito em ti – diz ela) …; reparo no homem que tenta apressadamente furar entre a multidão (o que só o atrasa mais); reparei na mulher bem vestida que passou (foi impossível não reparar – todos repararam) …enfim reparei em tanta gente…
Também reparei num homem que vendia bugigangas, parecia facturar pouco (coitado); olhei com atenção para um rapaz que passava, tinha cara quem tinha dormido pouco, tal como eu, mas enfim…quando olhei para o relógio ainda só tinha passado meia hora depois das oito.
Voltei novamente a minha atenção para as cabeças ambulantes: será que elas fazem uma mínima ideia de que estão a ser observadas? – Questiono-me eu.
E lá estava eu no meu auto-questionameto mental, quando algo mais de interessante chama a minha atenção: lá ao fundo do passeio ouço uma mulher a gritar histericamente a palavra ladrão (está doida – penso).
Breves segundos me fizeram perceber o que se