Timpanismo
O timpanismo é um distúrbio metabólico de animais ruminantes, também conhecida por meteorismo ruminal, que está associado a fatores que impedem que o animal elimine gases produzidos durante a fermentação ruminal. O timpanismo pode ser hereditário afetando bovinos de ambos os sexos, raças e idade. O aspecto mais distinguido do bovino com timpanismo é a distensão abdominal, particularmente do lado esquerdo do abdômen, devido à distensão do rúmem, que acarreta um quadro de dificuldade respiratória e circulatória, com asfixia e morte do animal. Este pode ser classificado em primário e secundário. Já o tratamento depende das circunstâncias em que ocorre o timpanismo, se espumoso ou de gás livre, e se há ou não risco de vida.
Timpanismo espumoso ou primário
No timpanismo espumoso ou primário ocorrem alterações na quantidade e qualidade da saliva produzida, podem também influenciar na formação de bolhas e no desenvolvimento do timpanismo. Nesse distúrbio, o gás fica disperso na forma de pequenas bolhas no liquido ruminal um tanto viscoso. A incapacidade do gás em escapar dessa mistura espumosa depende da tensão superficial do liquido e do estado coloidal dos sólidos dissolvidos. Essas bolhas são formadas através de Cloroplastos e outras matérias vegetais em partículas, suspensos no liquido ruminal e também podem servir como meios de colonização pelos microorganismos ruminais, o que promoverá a formação de gás. Do mesmo modo, sabe-se que os Cloroplastos que fazem parte das leguminosas suculentas, e promotoras do timpanismo, são ricos em proteínas solúveis que sofrem desnaturação e se tornam insolúveis depois de terem sido liberadas no liquido ruminal ácido pela degradação bacteriana. A doença tem sido associada, principalmente, com a ingestão de espécies de Trifolium (T. repens, T. pratense e T. subterraneum) e Medicago (M. sativa e M. hispida), que são pobres em fibra e têm alto teor de carboidratos