Thomas Merton
Teologia do Primeiro Monaquismo Cisterciense II (Profº. P. A. Altermatt)
Thomas Merton o centenário do monge-poeta
Ir. Águeda Libanio de Araújo Mosteiro N Senhora da Glória Uberaba-MG, Brasil
THOMAS MERTON: O CENTENÁRIO DO MONGE-POETA
INTRODUÇÃO
Tenho a imensa alegria de ser humano, de pertencer a uma espécie na qual o próprio Deus se encarnou. Como se os pesares e estupidez da condição humana pudessem me esmagar agora que percebo o que todos nós somos. Ah, se todo mundo pudesse dar-se conta disto! Mas isto não pode ser explicado. Não há como dizer às pessoas que todas elas andam pelo mundo brilhando como o sol! (MERTON, 1970, p. 181) 1
As palavras em epígrafe são de um homem que, tendo vagado em busca de respostas às suas inquietações existenciais e espirituais, as encontrou na vida contemplativa. Monge trapista na Abadia de Nossa Senhora do Getsêmani, no Estado de Kentucky, EUA, Thomas Merton foi também o escritor de best-sellers como “A Montanha dos Sete Patamares”, “Novas Sementes de Contemplação” e “Zen e as aves de rapina”2, sendo o autor de mais de setenta obras que incluem poesia, coletâneas de cartas, crítica social, pensamentos sobre a paz, justiça e ecumenismo.
Com a proximidade do centenário de seu nascimento, que se celebrará em 31 de Janeiro de 2015 pelas diversas entidades ligadas à International Thomas Merton Society (ITMS), tornou-se oportuna a produção desse trabalho, que pretende abordar alguns aspectos da vida do religioso.
1 RESPINGOS BIOGRÁFICOS
É o próprio Thomas Merton (1959) que narra a sua origem: nascido no dia 31 de Janeiro de 1915, em Prades, na França, filho de Owen Merton, pintor3 e neozelandês de nascimento e de Ruth Jenkins, também artista e norte-americana. Era o primogênito e teve um