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INSTITUTO DE ECONOMIA (IE)
CENTRO DE ESTUDOS SINDICAIS E DE ECONOMIA DO TRABALHO (CESIT)
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CADERNOS DO CESIT
(Texto para discussão n. 16)
ALONSO DE OLIVEIRA E
“O PROCESSO DE INDUSTRIALIZAÇÃO”
José Gilberto Scandiucci Filho*
Campinas, novembro de 1995
*
Doutorando em Teoria Econômica do Instituto de Economia
ALONSO DE OLIVEIRA E "O PROCESSO DE INDUSTRIALIZAÇÃO"
José GILBERTO Scandiucci FILHO *
"O capitalismo prepara e, até certo ponto, realiza a universalidade e permanência na evolução da humanidade. Com isto, é excluída a possibilidade de que se repitam as formas evolutivas nas diferentes nações. Obrigado a seguir os países avançados, o país atrasado não se ajusta em seu desenvolvimento à concatenação de etapas sucessivas. O privilégio dos países historicamente atrasados é (...) poder assimilar as coisas, ou melhor, é ser obrigado a assimilá-las antes do prazo previsto, saltando sobre uma série de etapas intermediárias" (Trotsky)
Que os excessos de generalidade e de lógica puramente formal tornam a "ciência econômica" particularmente pobre para compreender os problemas concretos do mundo real, reconhece-o a maioria dos teóricos de outras áreas das Humanidades. Mesmo alguns economistas de grande envergadura (Keynes, Schumpeter, Robinson, Hicks, Galbraith, Aglietta) criticaram, em inúmeras passagens, as vicissitudes da abstração descomedida da "ciência econômica" em relação à História e às instituições.
Interessante notar, entretanto, que inclusive algumas formulações de teóricos fortemente ligados ao pensamento marxista também se excederam na abstração dos fatos concretos relevantes, ainda que o próprio Marx tenha sido o precursor do materialismo histórico. Exemplo marcante desse equívoco são as tentativas de construção de "modelos gerais" de formação do modo de produção