Textos sobre desenvolvimento
Estamos, basicamente, entre dois blocos paradigmáticos trincados pelo próprio processo histórico, o conservador e o emergente. Mas, como toda crise, esta também traz em si o germe de sua própria superação, os educadores, num momento indiscutível de transição, carecem do domínio do conhecimento como um espaço conceitual. Desta forma, deve ser consequente a articulação com o poder de formas mais transparente e coerente, as relações sociais em torno do poder transitam entre os dois polos paradigmáticos, quais sejam, o conservador e o emergente ou da natalidade, como se refere Arendt (1979). O confronto dessas orientações teóricas reflete-se no cotidiano das escolas, mas pelo fato de não terem sido “gestados” e gerados no cotidiano, acabam não sendo absorvidos, vividos. Além dessa dificuldade a escola luta contra outras mazelas, pois está inserida em uma sociedade não menos problemática. No Brasil vive-se a “adolescência” de um processo político, no sentido pleno das palavras. São marcantes a revolta, a crítica, os descompasses provocados por ações repletas de incoerências. É importante observa que a partir da década de 1980, o Brasil vem sofrendo influências de um movimento internacional que está preocupado em redefinir as bases de exploração da classe trabalhadora, através de novas formas de organização do trabalho (tecnologia de grupo, células de produção, qualidade total). Segundo Freitas (1992), a qualidade da escola passa a interessar mais na medida em que a estrutura social necessita de mais habilidades do trabalhador, como capacidade de abstração para certas decisões, raciocínio matemáticos e outras. A escola deve analisar muito bem os antagonismos que permeiam uma sociedade capitalista, para não prejudicar a classe trabalhadora e, ao mesmo tempo, cresce na direção das necessidades da maioria da população. Para analisar o cotidiano de forma mais rica e coerente é preciso que essa análise esteja iluminada por um