Fichamento do texto sobre as origens e o desenvolvimento do estado moderno no ocidente, de modesto florenzano
1808 palavras
8 páginas
“Na Introdução à sua A ética protestante e o espírito do capitalismo, Max Weber também incluiu o Estado ao lado do capitalismo e daqueles fenômenos culturais, que, por serem encontradiços em outros espaços e tempos, não podem ser considerados como uma criação exclusiva da Civilização Ocidental.” (p.11) “Mas Weber procurou justamente demonstrar que somente na Civilização Ocidental teve lugar o desenvolvimento de um capitalismo racional, de fenômenos culturais dotados de “universal[idade] em seu valor e significado”, e o desenvolvimento de um Estado como uma entidade política.” (p.11) “Dessa descrição de Weber, segue-se que o Estado, (...), não se encontra plenamente desenvolvido nem mesmo no Ocidente antes do século XVIII, mas tomado em sentido lato, como entidade de poder e/ou dominação, encontra-se em muitos outros lugares e épocas.” (p.12) “Assim, dir-se-ia que para a instituição Estado vale, mais ainda, aquilo que K. Marx e Weber, de perspectivas opostas, disseram do capital e do capitalismo em geral, ou seja e respectivamente, que é ante-diluviano e pode ser encontrado em todas as sociedades em que existe dinheiro.” (p.12) “Marx, sem esquecer F. Engels, diria que assim é, porque todas as sociedades, excluindo as chamadas sociedades primitivas, se dividem em classes, tornando o Estado necessário para permitir a exploração-dominação de uma classe sobre outras, de modo que a luta de classes e o Estado formam um par historicamente inseparável (...)” (p.12) “Segundo Clastres, as sociedades primitivas, tanto as extintas quanto as sobreviventes, teriam permanecido nessa condição por opção (...)” (p.12) “Com efeito, por um lado, Marx-Engels e os marxistas, levados por sua visão negativa do poder instituído, preocuparam-se sobretudo em examinar o caráter classista do Estado, em minimizar sua autonomia com relação às classes sociais, em denunciar, portanto, sua suposta neutralidade. Aí reside, sem dúvida, sua grande contribuição (...)” (p.13)
“Mas aí reside,