Textos FAP
UNESP/Bauru – SP
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PSICOTERAPIA ANALÍTICA FUNCIONAL: DA PRÁTICA CLÍNICA À
SUPERVISÃO
Marcia Kameyama e Victor Mangabeira Cardoso dos Santos marcia_kameyama@yahoo.com.br e vmcds@uol.com.br
Departamento de Psicologia Clínica, Instituto de Psicologia da Universidade de São
Paulo.
A Psicoterapia Analítica Funcional (FAP) surgiu da década de 90 como proposta de estudo da relação terapêutica tendo como referencial o Behaviorismo Radical. Seu surgimento ocorreu junto a outras propostas da Terapia Analítico Comportamental que visavam utilizar a relação terapêutica como instrumento de mudança no processo terapêutico. Este movimento ficou conhecido como terapias de terceira onda. Segundo a
FAP, a relação terapêutica pode ser compreendida como mais uma das relações da vida do cliente e, por isso, pressupõe-se que os comportamentos clinicamente relevantes
(importantes no processo terapêutico) ocorrem durante a sessão na interação com o terapeuta. Esses comportamentos são subdivididos em: (1) CCR1 – Comportamento
Clinicamente Relevante 1, que descrevem os comportamentos-problema que ocorrem durante a sessão; (2) CCR2 – Comportamento Clinicamente Relevante 2, que descrevem comportamentos de melhora do cliente na sessão; e (3) CCR3 – Comportamento
Clinicamente Relevante 3, que são descrições verbais do cliente sobre as variáveis de controle de seu próprio comportamento. Cabe ao terapeuta identificar, evocar e prover consequências adequadamente a cada um desses comportamentos clinicamente relevantes. Espera-se que ao final do processo o cliente apresente, durante a sessão, mais
CCR2 e CCR3. Como se trata de uma proposta específica dentro da abordagem analítico-comportamental, o curso visa apresentar a FAP e desenvolver parte do raciocínio clínico para a sua utilização. Para tanto, serão utilizados exemplos de casos de