textos epicos
Módulo 10
2014/2015
Turma 79
Técnico de turismo
A mensagem de Fernando Pessoa
Horizonte/ilha dos amores
Indice
Introdução
Horizonte
Excerto de “Os Lusiadas”
Integração do poema na obra
Enquadramento histórico
Análise do poema
Comparação com o excerto dos Lusiadas
Conclusão
Bibliografia
Introdução
Este trabalho foi pedido no Âmbito da disciplina de português por a professora Ana Marta Severo para a avaliação do módulo 10.
Neste trabalho irei analisar o poema Horizonte de Fernando Pessoa da obra Mensagem e comparar com o episódio Ilha dos Amores da obra de Luis Vaz de Camões Os Lusiadas.
Horizonte
Ó mar anterior a nós, teus medos
Tinham coral e praias e arvoredos.
Desvendadas a noite e a cerração,
As tormentas passadas e o mistério,
Abria em flor o Longe, e o Sul sidério
'Splendia sobre as naus da iniciação.
Linha severa da longínqua costa -
Quando a nau se aproxima ergue-se a encosta
Em árvores onde o Longe nada tinha;
Mais perto, abre-se a terra em sons e cores:
E, no desembarcar, há aves, flores,
Onde era só, de longe a abstracta linha.
O sonho é ver as formas invisíveis
Da distância imprecisa, e, com sensíveis
Movimentos da esp'rança e da vontade,
Buscar na linha fria do horizonte
A árvore, a praia, a flor, a ave, a fonte -
Os beijos merecidos da Verdade.
Fernando Pessoa
De longe a Ilha viram, fresca e bela,
Que Vénus pelas ondas lha levava
(Bem como o vento leva branca vela)
Pera onde a forte armada se enxergava;
Que, por que não passassem, sem que nela
Tomassem porto, como desejava,
Pera onde as naus navegam a movia
A Acidália, que tudo, enfim, podia.
Mas firme a fez e imóbil, como viu
Que era dos Nautas vista e demandada,
Qual ficou Delos, tanto que pariu
Latona Febo e a Deusa à caça usada.
Pera lá logo a proa o mar abriu,
Onde a costa