Texto sobre a crescente fértil
1. A sedentarização e a formação das cidades
Alguns historiadores dividem a Pré-história em apenas dois períodos: Paleolítico e Neolítico. Para estes, a formação das primeiras civilizações e, consequentemente, das primeiras cidades, marcam o final do Neolítico. Outros, no entanto, a dividem em três períodos: Paleolítico, Neolítico e Idade dos Metais. De qualquer forma, ao que parece, a maioria são de consenso de que a passagem do nomadismo para o sedentarismo ocorreu durante o Neolítico e, na sua fase final, entre 5000 a.C. e 4000 a.C., ocorreu o processo de fixação do homem no campo que motivou o desenvolvimento da agricultura e a consequente formação de aldeias, vilas e cidades.
As aldeias são pequenos aglomerados de casas, concentradas, normalmente, em espaço rural. Muitas destas aldeias se transformam em vilas – povoações de dimensões maiores que as aldeias – e, destas, surgem as primeiras cidades.
Nas cidades, enquanto alguns cidadãos cultivavam a terra, outros especializavam-se nos ofícios, utilizando técnicas de metalurgia (cobre, bronze e ferro), neste momento, já bastante desenvolvidas. Outros, ainda, detinham o poder governamental, cujos acontecimentos eram registrados por escrito. A escrita surge por volta de 4000 a.C.
Como afirma o historiador Tales Pinto “a constituição das cidades na Antiguidade tinha por objetivo ser centro de comércio e ou também como fortificações de guerra contra inimigos. (…) De maior complexidade de atividades, foi necessário criar Estados para a defesa militar e a construção de grandes obras (de irrigação, templos, canais etc.), em um processo de formação das civilizações – termo relacionado aos povos que vivem em cidades.”
Os fatores que determinam a existência de cidades são, entre outros, o desenvolvimento da agricultura, a venda dos excedentes agrícolas, a presença do Estado, incluindo um sistema de segurança, um poder político organizado, além de um sistema de