Texto, Nosso racismo é um crime perfeito
Samuel Elias da Silva
História, 1° período
Nosso racismo é um crime perfeito
Nessa entrevista dada a Camila Souza Ramos e Glauco faria da revista Forum de agosto de 2010, dada pelo antropólogo Kabengele Munanga, se explora a questão racial, na sociedade brasileira vista por um estrangeiro vindo da África.
Na primeira parte ele fala de sua chegada ao Brasil na década de 70, para fazer doutorado na USP. Ele fala que não se depara com o preconceito á primeira vista, que se começa a descobrir quando entra em alguns lugares e percebe que é o único, que te olham e já sabem que você não é daqui, que é um negro que não são como os “nossos negros” que não entram em alguns lugares ou não entram de cabeça erguida. O pessoal tentava ser discreto, mais nem sempre escondia a curiosidade de ver um negro, com uma mulher branca, e um filho negro e um filho mestiço.
Ele fala que seus filhos estudavam em escola particular, Colégio Equipe, onde estudavam filhos de alguns colegas professores. Mais quando eles pegavam ônibus para voltar pra casa com alguns colegas brancos ele eram os únicos a serem revistados. Que até nos dias de hoje os seus filhos não saem de casa para atravessar a rua sem documento, que são adultos que criaram esse hábito.
Com esses fatos por meio da vivência, com o cotidiano e as coisas que aprendeu na universidade, depoimentos de pessoas da população negra, e entendeu que a democracia racial é um mito. Que existe realmente racismo no Brasil, diferente daquele praticado na África do Sul durante o regime do apartheid, diferente também do racismo praticado principalmente no sul dos EUA. Por que segundo ele nosso racismo é sutil e velado, mais faz vítimas de qualquer maneira.
Na segunda parte da entrevista ele entra nas questões de cotas, falando que tem segmentos da população a favor e contra. Os contra afirmam que perante a constituição somos todos iguais, e que seria difícil distinguir os