Texto argumentativo sobre o tráfico de influência

ATÉ QUE A BLITZ NOS SEPARE

Não é fácil para qualquer policial receber a seguinte ligação telefônica. “- Alô. - Olá, Capitão, quanto tempo! Aqui é o fulano. – Olá, fulano, quanto tempo mesmo. Como estão as coisas? – Pois é, estou te ligando, na verdade, é que estou parado numa blitz e queria ver o que você pode fazer...
Bom, caros leitores, fazer o que... Fazer o que é certo, não é? Nesse momento a amizade acaba. Nesse instante, o valor que você demonstrava como ser humano, pensante, de boa tratativa e de boa convivência vai ralo abaixo. A sua amizade não serve se você não pode usar sua condição de autoridade para liberá-lo do “constrangimento” do recebimento de um auto de infração de trânsito, por exemplo. E olhe que o constrangimento é muito maior para quem recebe uma proposta dessas. Podem ter certeza. Impressionante!
Agora, o mais interessante é como as pessoas podem, ainda no século XXI, onde há o estabelecimento de metas claras para uma construção ética e justa, sequenciarem a tentativa da manutenção coronelista onde a autoridade era capaz de passar por cima das leis para o favorecimento ilícito. Isto, caros leitores, é tráfico de influência e a mais pura infâmia. Não cabe mais no nosso bolso tal postura. É um absurdo.
Mais absurdo ainda é vermos, além dos corruptos que persistem em existir nas diversas instâncias públicas e privadas, corruptores que insistem em levar vantagem em tudo. Mesmo pessoas de muitas posses não admitem as diversas repreensões por atitudes equivocadas.
Mas, infelizmente, nossa sociedade ainda deverá navegar muito contra uma correnteza nefasta que coloca homofóbicos para presidirem comissões de direitos humanos e degradadores do meio ambiente para ampará-lo.
Pareceres judiciais tendenciosos, arquivamento de denúncias por interesses escusos, obtusos e cancerígenos para nossa sociedade, omissão de órgãos que deveriam anunciar, proclamar e defender causas justas e imparciais, agentes públicos que optam pela preferência