Texto afiliadas globo
O processo de expansão das emissoras do Sudeste para o interior do país, através do sistema de afiliadas, ocorreu a partir do fim da década de 1960. No caso brasileiro, o sistema de afiliadas trouxe de uma só vez soluções para dois problemas: os impedimentos legais (Dec. N. 236, 28/02/1967); e a incapacidade das emissoras do Sudeste em assumir os altos investimentos em infra-estrutura de cobertura de sinal.
Dentro da grade de programação da Rede Globo e suas afiliadas, existem duas classificações de programas: obrigatórios e optativos. Como o nome sugere, os espaços obrigatórios são preenchidos com programação jornalística local. Os horários optativos, por sua vez, são aqueles oferecidos pela Rede que a emissora pode optar por não substituir, exibindo a programação com a rede nacional. Dados oficiais divulgados em 2005 pela CGAL (Central Globo de Afiliadas e Licenciamento) indicavam que a média de participação regional era de 75.000 horas por ano. Distribuídas entre 114 afiliadas e cinco emissoras próprias o resultado equivale a aproximadamente 1h42min de produção obrigatória por dia, para cada uma. De acordo com Cláudia Quaresma, diretora da CGAL, as afiliadas ocupam cerca de 91% do espaço cedido pela Rede para produção regional (ZANATA, 2005). De acordo com o diretor da Central Globo de Programação, Roberto Buzzoni de Oliveira*, as emissoras afiliadas preenchem com produção prórpia cerca de 80% dos espaços optativos. Contudo somada a produção obrigatória e optativa estas não ultrapassam 15% da programação diária**. Se a construção do cotidiano se dá na territorialidade do local, como salienta Jesús Martín-Barbero (2003, p.58), parece não haver justificativa senão o imperativo comercial, para que este receba menor espaço de cobertura.
as marcas de alcance nacional, sobretudo aquelas sediadas no eixo-Rio São