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Trata-se de um esforço em se pensar a questão de como coordenar as ações de atores utilitários em um contexto política onde atores diversos interagem na ausência de um ente governamental superior que possa regular seus contatos. Nesse sentido, ganha destaque o papel desempenhado por diferentes conjuntos de princípios, normas, regras e procedimentos responsáveis e por informar os diferentes atores o que se constituiria como o comportamento adequado dentro de um contexto específico.
Os regimes são construídos por atores com o propósito de demonstrar ao Estado a possibilidade de obter ganhos conjuntos por meio da cooperação. Esse atores abragem como atores governarmentais e não-governamentais. Os governamentais seriam o presidente, o poder Executivo, os Parlamentos, osfuncionários do Congresso e etc. Já os não-governamentais seriam os grupos de pressão ou interesse, acadêmicos, pesquisadores e consultores, mídia, participantes das campanhas eleitorais, entre outros.
Os regimes são um fenômeno que emergiu e ganhou cada vez mais destaque nas relações internacionais contemporâneas. Sua presença pode, agora, ser sentida e observada em áreas temáticas bastante específicas e diversificadas. As esferas política, econômica e do meio ambiente são somente alguns dos exemplos que poderíamos citar.
Desta maneira, ela supera em parte a lógica centrada no Estado ao abranger também outros atores transnacionais, tais como ONGs, Organizações Internacionais, Corporações Transnacionais, etc.
Como funcionam sem qualquer autoridade central, os regimes podem ser descritos como formas de governaça sem governo. Então, podemos destacar por fim, que os regimes, ou seja, as múltiplas governanças setoriais no mundo não se equivalem à governança do mundo. Isto é, a noção de regime é restrita a setores ou áreas específicas e particulares, enquanto o conceito de governança global tem o intuito de estender-se a um âmbito mais geral.
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