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INTRODUÇÃO:As diversas maneiras de lidar com a morte modificaram profundamente a construção social humana. Considerando que a parada total e irreversível das funções encefálicas define o atual conceito de morte, antecipar esse diagnóstico é um desafio constante da neurofisiologia clínica. A busca de possíveis padrões que facilitem a dedução desse prognóstico é algo de grande valor clínico preditivo. OBJETIVOS: Identificar possíveis padrões eletroencefalográficos visuais e quantitativos capazes de indicar prognósticos. METODOLOGIA: Foram analisados os prontuários de todos os pacientes internados na UTI adulto do HC-UFU no período de 01/10/2013 a 31/12/2013, que passaram por estado clínico de coma e que realizaram pelo menos um EEG durante o estado de coma. A partir dessa análise, foi preenchida uma ficha com dados clínicos, com base nos quais os pacientes foram divididos em 3 grupos: os que tiveram alta da UTI (grupo 1), os que foram à óbito tendo sido iniciado protocolo de ME sem EEG isoelétrico (grupo 2), e os que foram à óbito por motivos não relacionados a lesão encefálica (grupo 3). Os EEGs de cada grupo foram analisados em montagem monopolar referencial CAR, sensibilidade de 40uV/cm, filtro de 0 a 25Hz. Os parâmetros analisados foram: amplitude da atividade de base, ocorrência de ondas lentas, ocorrência de atividade rápida, simetria D/E e diferenciação anteroposterior. RESULTADOS: A depressão da amplitude no EEG foi maior no grupo 2. A diferenciação anteroposterior foi igualmente ruim nos grupos 1 e 2. A ocorrência de atividade lenta, bem como a atividade rápida foi maior entre os que não evoluíram com ME. A simetria D/E foi menor entre os que cursaram com outras causas de morte ou sobreviveram. CONCLUSÃO: A ocorrência de atividade rápida e lenta está mais associada a outros desfechos que não a ME. O padrão visual mais condizente com ME é: moderadamente assimétrico, com redução pronunciada da atividade de base, e redução