Teste
Se pensarmos a profissão pelo contexto contemporâneo onde o Serviço Social se gesta e se desenvolve no desenvolvimento capitalista industrial e na expansão urbana, faz com que às exigências apresentadas pela realidade histórica das “camadas médias” da sociedade também apresente os embates de uma política econômica amplamente desfavorável aos setores populares. Sendo assim, os propósitos de explicitação das atribuições profissionais vêm aliados à busca de fundamentos teórico-filosóficos e científicos mais sólidos que orientam a atuação, ultrapassando a mera atividade técnica, procurando resgatar, sistematizar e fortalecer o potencial inovador contido na vivência cotidiana dos trabalhadores, criando alternativas de resistência ao processo de dominação, consonantes com o projeto ético-político profissional. A ética das profissões não está dissociada do contexto sócio-cultural e do debate filosófico. A ética profissional guarda uma profunda relação com a ética social e, consequentemente, com os projetos sociais. Não há, portanto, um hiato entre a ética profissional e a ética social, pois seria cindir a própria vida do homem na sua totalidade, isto é, em seus diversos pertencimentos: trabalho, gênero, família, ideologia, cultura, desejos, etc. Na verdade, é o “homem inteiro”, na acepção luckacsiana, que participa da cotidianidade. Isto significa que o homem, no processo de produção de sua vida material e cultural, constrói valores que passam a nortear as relações consigo mesmo e com os outros homens, constituindo-se, assim, como sujeito ético no processo de sociabilidade. (Brites e Sales apud Barroco, 2004).
Contudo, as mudanças conjunturais, decorrente do sistema capitalista neoliberal e globalizante, e atualmente a visão corporativa alteraram significativamente as condições objetivas postas ao exercício profissional de consolidar o projeto ético-político da profissão, tendo como diretriz a crescente flexibilização e