A Comissão Econômica para a América Latina e Caribe – CEPAL foi criada em 1947, diante da insatisfação dos governos dos países latino-americanos por estes terem sidos excluídos do plano Marshall (foi o principal plano dos Estados Unidos para a reconstrução dos países aliados da Europa nos anos seguintes à Segunda Guerra Mundial). Havia uma crescente necessidade de analisar a periferia a partir de sua própria ótica, buscando, uma formulação teórica capaz de interpretar e transformar sua realidade, o que fez como muitos intelectuais latino-americamos realizassem um movimento de “descolonização” das ciências sociais. Concebeu uma análise sobre as características especificas da realidade socioeconômica dos países subdesenvolvidos, ao mesmo tempo em que propôs a elaboração de políticas com vistas a superar o atraso econômico por meio da industrialização. Assim a CEPAL daria origem à primeira escola de pensamento latino-americano de influencia mundial. Desde então, o Escritório da CEPAL no Brasil tem mantido, além do acordo com o IPEA, acordos com diversos organismos da administração federal para cooperação técnica, analisando as transformações na economia brasileira, prestando assistência técnica, realizando pesquisas, treinamento de recursos. Observa-se no Brasil, assim como em outros países da América Latina, uma deficiência estrutural de distribuição de renda, falta de investimento em projetos inovadores e em pesquisa e desenvolvimento, além de uma economia baseada em exportação de produtos primários e importação de bens industriais de países desenvolvidos. Economia esta que depende da quantidade exportada de recursos naturais e alimentos, produzidos com pagamentos de baixos salários, más condições de trabalho e incentivos fiscais do governo.
Por esta razão, o Brasil ainda se encontra em um quadro de país em desenvolvimento lento, apresentando várias questões que justificam esse argumento. Por exemplo, investe-se pouco em Pesquisa e Desenvolvimento, base para a qual