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Por isso recorremos à afirmação da dimensão ampliada da reprodução do capital, que gera um desenho das classes sociais e de seus conflitos muito mais amplo do que simplesmente o originado nos locais de trabalho, conforme a análise já comentada de
Bensaid, derivada de sua leitura do
Capital
de Marx.
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Ou recordamos, também, as já citadas críticas variadas à tradição marxista mais próxima ao economic ismo, para refutar as teses do fim da centralidade do trabalho. Ou ainda retomamos o alerta de Thompson, baseado em Marx, de que ao invés de uma primazia do “econômico” – que toma tudo o que não se resume ao padrão de desenvolvimento das forças produtivas à posição de reflexos secundários – o estudo da formação de classe deve estar atento para a “simultaneidade da manifestação de relações produtivas particular es em todos os sistemas e áreas da vida social”. 12
Fatores como a maior presença da força de trabalho empregada nos serviços, a participação paritária das mulheres no mercado de trabalho, o grande número de pessoas que vivem entre o emprego e o desemprego (e entre mercado formal e informal de trabalho, entre trabalho em tempo parcial e integral, etc.) podem ser melhor entendidos assim como elementos que, embora não possam nem devam ser desprezados, indicam, não o fim, mas uma mudança no perfil da classe, uma nova etapa da sua formação (ou uma re-formação), como outras que ocorreram ao longo dos últimos dois séculos da história da classe trabalhadora e de suas lutas contra o capital.
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História: análise do passado, economia política e projeto social
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Para uma crítica do determinismo tecnológico e sua incompatibilidade com a obra