TESTE
Mas o que é, então, o Belo? Não é uma ideia ou um modelo. É uma qualidade presente em certos objetos _ sempre singulares_ que nos são dados à percepção. (Mikel Dufrenne, filósofo francês)
Dentre as características mais importantes da arte, destacamos a emoção e o prazer que ela desperta e que alguns filósofos identificam como o prazer do belo ou prazer estético. Trata-se do prazer que sentimos ao apreciar uma música, uma pintura, uma foto, uma dança... Um prazer diferente daquele que sentimos quando dormimos bem, comemos uma comida especial ou fazemos amor. O prazer que a arte desperta vem da forma das coisas, do som, do colorido, do ritmo, da maneira como nós percebemos essas coisas.
Imaginemos o seguinte: você vê uma cadeira em uma loja. Acha que ela é leve, fácil de carregar, bem feita e de preço acessível. Mas, além de tudo isso, você a acha bela. Quando a olha, consegue distinguir a sua forma interessante e peculiar. A sua cor clara, por exemplo, desperta em você uma sensação de leveza que combina com as linhas também leves da cadeira. Nota ainda que a forma das pernas é harmoniosa e permite uma movimentação livre por parte de quem se senta, e os braços parecem convidar o usuário a se apoiar. Você tem a sensação de que quem a concebeu entendia do corpo humano e de sua necessidade de conforto.
Todas essas impressões agradáveis, cheias de significados sugeridos pela forma, cor, textura e mesmo pelo conjunto como um todo, constituem o prazer do belo. Você finalmente compra a cadeira e sente prazer quando a olha, em sua casa, mesmo quando não está pensando sequer em se sentar nela. Gosta tanto dela que a deixa em lugar bem visível, porque aprecia sua concepção, suas linhas, sua forma. Esse é o prazer típico da arte. Chamam de prazer estético aquele que, resultando da sua composição e harmonia, é apreciado através da contemplação ou fruição.
Quer outro exemplo? Seu amigo toca violão e o faz de uma maneira que lhe parece única. Há um