Tesouro

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Alexandro Martello Do G1, em Brasília (18/04/2012 11h47 - Atualizado em 18/04/2012 12h01)
O secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, disse nesta quarta-feira (18) que a captação de R$ 3,15 bilhões no exterior, em papéis denominados em reais, busca consolidar uma "curva de juros" no mercado internacional de forma a permitir que as empresas brasileiras se financiem com baixo custo. Na operação do Tesouro Nacional, foram vendidos papéis com vencimento em 2024 a uma taxa de juros de 8,6% ao ano.
A emissão de títulos da dívida pública no mercado externo é uma maneira de o país captar recursos. As operações também servem de referência para o setor privado em termos de demanda e taxas de juros. Com os resultados das captações do Tesouro Nacional, as empresas podem calcular quanto teriam de pagar para fazer captações de recursos no mercado internacional.
"O Brasil vem conquistando situação de reconhecimento pelo mercado internacional dos seus fundamentos. Isso se expressa na melhoria dos 'ratings' das agências, mas o principal veículo da situação é os seus títulos. Foi a emissão em reais com a menor taxa da história", declarou Augustin a jornalistas nesta quarta-feira.
De acordo com o secretário do Tesouro Nacional, o governo brasileiro pode e vai voltar a acessar o mercado externo, mas acrescentou que não há o objetivo de trazer uma "grande quantidade de investidores" para os títulos do setor público. "Queremos uma curva sólida, que permita que as empresas brasileiras tenham acesso a fontes de financiamento de longo prazo compatíveis com o crescimento que o Brasil vem tendo.